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Cufa entrega doações em periferias e favelas de Goiânia
O final de semana foi de comida na mesa para muitas famílias que sequer saberiam se iriam ter refeições nos próximos dias. Centenas de famílias que vivem nas regiões periféricas de Goiânia receberam cestas de alimentos no final de semana. Em alguns pontos da cidade, a distribuição foi de refeições prontas. A ação garantiu o almoço de domingo de muitas famílias que vivem em situação de extrema pobreza na capital. As entregas fazem parte do programa Mães da Favela 2. A ação humanitária foi desenvolvida em 2020 e retomada em 2021, em função do agravamento da pandemia pelo novo coronavírus.
“Além da crise sanitária, vivemos a pandemia da fome também neste momento. Cerca de 80% das pessoas que vivem nas favelas precisam de ajuda para ter o que comer”, afirma o presidente da CUFA GO, Breno Cardoso. A exemplo do ano passado, a seleção das famílias que serão beneficiadas ficará a cargo das lideranças locais da CUFA GO. São moradores de periferias que conhecem a comunidade a fundo, e assim têm condições de avaliar quem realmente necessita mais dessas doações.
Mesmo com a chegada da vacina para alguns grupos de risco, os números de casos continuam aumentando. Além do alto risco de contágio, essas mulheres enfrentam dificuldade de toda natureza. As restrições das atividades comerciais penalizam principalmente trabalhadores autônomos e dos setores de serviços, que são a maioria entre essas populações das periferias.
O que é o programa “Mães da Favela”?
A iniciativa surgiu como uma ação emergencial em 2020 diante dos desdobramentos econômicos e sociais da pandemia da Covid-19. Com o apoio de vários setores da sociedade, a CUFA entregou a milhares de famílias em todo o país doações de alimentos, itens de higiene, brinquedos, gás de cozinha e outros itens de necessidade básica.
No estado de Goiás, as doações chegaram a 97 mil famílias espalhadas nas 25 cidades onde a CUFA GO tem representações. Segundo o IBGE Goiás tem 18% da População vivendo abaixo da linha da pobreza, se somarmos com a Classe E passamos de 50% da População, em um Estado com 7,5 milhões de habitantes. Este número representa mais de 3 milhões de pessoas vivendo em desfavorecimento social. “Houve uma onda de doações, todos se mobilizaram, mas o que a gente imaginou que fosse se transformar numa cultura de doação no Brasil, não se manteve, mesmo com o prolongamento da pandemia”, diz Breno Cardoso, presidente da CUFA GO.
Ele reitera ainda que “nas favelas, as pessoas trabalham de manhã para comer à tarde, e sem poder circular nas ruas e exercer suas atividades de trabalho, as pessoas entram facilmente numa situação de muita penúria”, explica o presidente da CUFA GO, Breno Cardoso. O maior problema agora é que as doações diminuíram, mas as necessidades dessas famílias não param. Por isso nessa nova fase da ação humanitária, a CUFA GO mais do que nunca vai precisar do apoio de parceiros, empresas e da população para seguir atendendo as famílias em desfavorecimento social que estão enfrentando este momento tão delicado.
Ele afirma que, em Goiás, a instituição voltou a articular as parcerias que foram fundamentais em 2020 para o enfrentamento da pandemia nas favelas e periferias do estado. Sabemos que grande parte das famílias que vivem nas periferias do estado sofrem com necessidades de toda natureza neste momento. Por isso, toda ajuda será bem-vinda.