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Representantes da FNA no ato de 13 de maio

A Frente Nacional Antirracista (FNA), composta pela CUFA, EDUCAAFRO, UNEGRO e ASCENDA realizou um grande ato no dia 13 de maio, data da assinatura da Lei Áurea há 133 anos atrás, que oficialmente aboliu o trabalho escravo no Brasil. Esse dia marcado no calendário brasileiro, não tem o que comemorar. Isso porque a luta antirracista segue, diariamente em razão do racismo que, infelizmente, ainda está radicado no Brasil, como explica o vice-presidente da CUFA GO, Wanderson Carlos Pereira.”

Vice-presidente da CUFA GO discursa para os presentes no ato

Podemos dizer que o avanço foi mínimo. Há poucos anos foi editada a lei de cotas que já é um pequeno passo, digamos, uma reparação dos danos causados pela escravidão e pela forma como foi executada essa assinatura da Lei Áurea, há 133 anos. O que ocorreu foi que essa assinatura foi somente oficializada, porém não foi acompanhada de nenhuma estruturação para que fomentasse essa liberdade desses negros. Foram entregues à própria sorte”, avalia.

Diante disso, em todo o Brasil, a FNA distribuiu cestas básicas em favelas, comunidades quilombolas, indígenas e ribeirinhas como forma de protesto. Em Goiás, a ação aconteceu na comunidade Antônio Carlos Pires e contou  com a presença de representantes de cada entidade parceira, e afro-brasileiros das favelas de Goiás. Ao todo foram entregues 450 cestas básicas beneficiando cerca de 1.600 pessoas, como ato simbólico de reconhecimento desse povo. Ao mesmo tempo, foi realizado sicurso daos representantes da FNA que colocou em pauta discussões como a  fome, violência, o empoderamento e, principalmente, o racismo estrutural presente no Brasil.

Além disso as pessos presentes no ato puderam fazer sua inscrição no programa de capacitação online na área de TI e após três meses, será encaminhada para uma entrevista de trabalho com remuneração 5 mil reais bruto mais benefícios. Isso tudo para forçar o empoderamento do povo afro-brasileiro e para que a verdadeira liberdade seja de fato alcançada.

Manifesto

Um manifesto elaborado pela Frente Nacional Antirracista também foi divulgado. O documento tem como objetivo denunciar a incompletude da abolição no país, pois a Lei Áurea alterou as relações de trabalho, sem criar mecanismos de amparo e inclusão no mercado de trabalho aos ex-escravizados e seus descendentes.

“Escolhemos fazer nossas ações em comunidades quilombolas, ribeirinhas e em favelas, porque são espaços que, historicamente, simbolizam a exclusão. E é a partir desses lugares que acreditamos que devem vir as saídas dos impasses que atrasam o Brasil”, disse Priscilla França, representante da Educafro e da Equânime.